Solidão

Buraco do peito, sente ventania

E inunda a mente de volutas

Que adormecem a calma, jambu

Mastiga o oco e se liberta das palavras,

Aquelas que não pronunciamos,

Não as pensamos,

Elas nem sequer existem.

Buraco negro no peito, pulsa solidão,

Completa e inédita; instiga o voar.

Voar porque é necessário; e o voo,

Cortando o tempo, vento e nuvens,

Faz com que a solidão, na sua forma plena,

Fique para trás.

A liberdade é estar só, num voo.

Da luz da lua, solitário.

Da luz do sol, liberdade.

Igor Honorato
Enviado por Igor Honorato em 28/04/2022
Código do texto: T7504798
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