Por tudo que nós vivemos
De tanto que nos amamos,
Nada do que já passamos,
Nem tudo que já sofremos
Nas horas que padecemos
Em pelejas que travamos
Pelas coisas que buscamos,
Zombará do que escolhemos;
Pois o muito que perdemos
Não é nada que choramos.

O que nós reivindicamos
São direitos microssomos
Se juntar todos os gomos
Do tudo que pleiteamos
Não vale o que empenhamos
E por isso discutimos
Pois há muito que fingimos
Saber o que não sabemos
Poder o que não podemos
Ser o que não garantimos.

Mas jamais nos iludimos
Com aquilo que não somos;
E sempre nos recompomos
Das vezes que nós caímos.
E se acaso nos ferimos,
Com isso não indispomos,
Pois sabemos aonde fomos
De onde é que nós saímos
O tanto que adquirimos
E a quê nos predispomos.

Portanto nos antepomos
E jamais obedecemos
Por isso que florescemos
Pois na verdade depomos
Se juntar nossos assomos
Ao que nós desperdiçamos
Há muito, multiplicamos
O que não subtraímos
Muito menos dividimos
Aquilo que não herdamos.

O bem que nós buscamos
A ninguém jamais pedimos;
Tão pouco nos iludimos
Com aquilo que juntamos.
Nossos sonhos, cultivamos,
Deles nunca esquecemos
Sabemos o que queremos
(Se não sabemos, supomos),
Nossos desejos, expomos,
Fazemos o que podemos.

A sorte, jamais tememos
Se firmes nos mantivermos
E se só o bem fizermos
Confiantes, viveremos
Ainda que não juremos
Mesmo que nada façamos
Numa coisa avançamos
Não vemos mais como vimos
E se nada concluímos
Ao menos nos esforçamos.


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