Diga a tua métrica que eu rimo contigo

Diga a tua métrica que eu rimo contigo,

Diga o que te move que eu me transformo nesse combustível,

Diga e incessantemente avançarei pelos campos floridos...

Mas, na primavera, irei embora, como as folhas que caem

Como os soldados que voltam para casa

Como os pássaros que migram...

Olhando bem nos teu olhos te juro,

Simultaneamente,

A permanência e a impermanência,

O desfrute e a dor,

O vigor e o cansaço,

O brilho e o ofuscamento,

A abundância e a secura,

A chegada e a partida...

Mas diga...

Diga a tua métrica que eu rimo contigo,

Diga o que te move que eu me transformo nesse combustível,

Diga e incessantemente avançarei pelos campos floridos...

Alves de Melo
Enviado por Alves de Melo em 01/05/2022
Reeditado em 01/05/2022
Código do texto: T7506891
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