Quem Me Vê

Quem vê

O cabelo vermelho, me imagina espevitada

Que nada!

Sou uma romântica incurável

Com um desejo incontrolável

De um dia ser amada

Quem me vê

Toda segura ou meio desbocada,

Eu sendo firme no trabalho, uniformizada

Não imagina que aqui habita uma fera mansa,

Que ama cafuné e carinho, igual a uma criança

Quem me vê

Magra, escritora e prolixa,

Não imagina que às vezes só desejo

Ser emudecida por um beijo

Logo depois de devorar uma pizza

Quem me vê

Em uma festa na água ou no suquinho,

De maquiagem, salto alto e roupa de linho,

Não imagina que só queria um convite pr'um vinho

Lareira, velas, camisola vermelha e robe de laço

E depois de me perder em seus braços,

Ganhar seu colinho

Quem me vê

Sistemática e madura assim

Não imagina que vou guardar

Pra sempre dentro de mim

Aquela menina que me ensinou a amar

Quem me vê

Sendo uma mulher, nem imagina

Que ainda vou realizar

Muitos sonhos da menina

Que aqui ainda vive e sonha

Com vontade tamanha

De mudar a própria sina

E de encontrar alguém para amar

Quem me vê

Pequenina frente ao mar

Com tamanha imensidão

Não imagina que sei amar

Com força de um tsunami ou de um furacão

Só falta conquistar

O dono do meu coração

Quem me vê

Tão dona de mim,

Nem imagina que isso tem fim

Quando vejo você

Começo a imaginar coisas assim

Saio de mim:

Olha eu de novo a escrever!

Se isso não é amor

Me diga, beija-flor,

O que é que você vê?

Ddsa Carvalho
Enviado por Ddsa Carvalho em 03/05/2022
Reeditado em 03/05/2022
Código do texto: T7508164
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