TÉDIO CONSENTIDO

TÉDIO CONSENTIDO

O tédio estável,

Aborrece o ter ilusório.

A coletividade já não floresce,

Nem em frutíferas fantasias.

Dado ao sangue,

O aborto da dor,

Atira-se às pedras,

Enquanto o além o cerca.

A escuta soa,

Em meio à opacidade das quedas.

As arestas do levantamento,

Distraem fragmentos,

Do pairar arejado.

O subir público,

Passeia pela paz,

Com certa substância de grosseria.

Os interesses idos e únicos da humanidade,

Instantaneamente dizem de futilidades.

A beleza define o olhar,

Pela comparação com partes da negatividade.

Demonstrações mundialmente restritas,

Distanciam percursos,

Da plenitude universal.

Habitante de naufrágios,

O caminho paradisíaco,

Apoia-se na mentalidade.

Vã, a continuidade,

Toca o guardar.

As causalidades do agora,

Quantificam o inviável.

A elevação cospe comédias,

Encontradas no alicerce.

O geral das memórias,

Consente pressentimentos.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 04/05/2022
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