Labirinto

Onde existo me perco

sem saber que o que perco

existe em mim,abstrato e fútil.

Não sou mais do que um vulto

vagando na soleira da noite

procurando tumulto.

E cada beijo me satisfaz

e cada palavra traz minha ruína

o silêncio é uma prece de dor

envolto em densa neblina.

E quem ama plenamente

sabe a dor que causa

não ser mais que uma mágoa

daquelas que dormem em casa

e nunca esquecem da gente.