Eu sou
Eu sou a menina que em outrora chorou!
Dos pés calejados e ensanguentados...
Menina do sonho que evaporou!
Perdida nas trevas, mirando o nada.
Eu sou o sorriso que iluminou!
As noites sombrias, a face da Madre.
Sou mera semente que à terra arraigou!
Suave neblina, a bola na trave.
Sou ser desnutrido... pobre anciã...
Largada na vila sem fé e sem clã
Invocando a alegria nos braços da irmã.
Sendo dor eu navego, assim esquecida!
Deixaram-me por terra esmaecida...
Açoitaram a criança, assolaram sua vida.