À sina
O tempo corre devagar
nos dias enfadonhos
dentro das tristezas a pagar
a respeito dos teus sonhos
É estrondoso o navegar
de dias cheios de espinhos
nos quais iremos rogar
e não lidaremos com os anjinhos
A sina advinda do ventre
das possuidoras de úteros
Nesse exato globo terrestre
justo em meio aos abutreiros
A cada trimestre
uns dias puros
sempre em busca de um mestre
ou homens sátiros
N.V - 05 /2022