Acalanto
Depois de nove meses
Aprisionada no ventre materno
Nasceu intensa e sensível
A poeta de abril
Menina frágil e delicada
De choro agudo e agressivo
De olhar iluminado e alma poetizada.
Percorreu árduos caminhos
Muitas vezes se entregou a encosta da estrada
Com os pés calejados perpetua
Leva no olhar todos os traumas e alegrias
As cicatrizes ainda doem
A dor é eterna, inseparável
Embora desfruta momentos de alegrias
Encontrou uma forma de acalanto
Junta as letras, forma palavras
E tece versos
Que transforma em poesia.