Paneiro de palha

Embriagado ela me viu,

Riu do meu jeito desengonçado

Copo desgraçado, vazio

Sem cerveja, nem vinho

Vinha apenas aquela

Mulher que incendeia o paneiro de palha

em que eu guardo a minha loucura.

 

Sou sugado pelo delírio da minha sanidade

Sem perder a validade, permanece

Desejo, desejo, desejo

Sem beijo... eu a desejo

Ela dança e debocha

Do tempo que a imita.

 

E quando elas se encontram

Unindo o paladar

Eles que se arrepiam

Em carne

Entrelaçar de almas.

Miller dos Santos
Enviado por Miller dos Santos em 17/05/2022
Reeditado em 15/07/2023
Código do texto: T7518373
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