ENFRENTAMENTO SEM ENTRADA
ENFRENTAMENTO SEM ENTRADA
Na entrada única para o convívio,
O triturar frutifica a secura.
A estabilidade lê,
As mesmices dos livros.
Apoios naufragados,
Possuem enterros.
O adiantamento, expelido pela diferença,
Desce diariamente,
Apegado a fechaduras.
O ouvir, curvado a versos,
Encosta-se como um alimento,
Nos instantes das passagens.
O tempo prende,
As horas ao sabor.
O pó é um senão,
Na cristalina sede circulante.
As pedras dos toques individuais,
Marcam digitalmente,
O arrastar do florescer.
Tropeços táteis,
Deslizam por páginas.
Aberturas selvagens,
Semeiam os remédios dos venenos.
Tintas idas,
Fazem da noite,
Uma perceverança.
O ainda balbucia enfrentamentos,
Que já não são confrontados.
Sofia Meireles.