O CRIME E O CRIMINOSO

Meu crime foi não ter compreendido

o mistério dos teus olhos

e, assim, assassinado o brilho

que as palavras acendem.

Meu crime foi não ter visto

com o filtro do efetivo

o que acontecia em sua mente.

Meu crime foi ter me perdido

em profusões sem sentido

que se acumulam na pele.

Meu crime foi ter me repetido

no delírio reincidente

do meu ser intempestivo

e do quanto que foi dito

meu crime fatal e horroroso

foi ter ironizado o teu cachorro.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 25/05/2022
Código do texto: T7523896
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