Teimosia, aleivosia e fins

Teimosia, aleivosia e fins

Queria não escrever.

Talvez consiga...

quando morrer.

Enquanto isso,

segue a vida:

rimas irreais,

sonetos imperfeitos,

versos desbotados de tão coloridos.

O coração em flor declara guerra,

e o mundo branco e preto e cinza

solenemente o depreza.

Imaginando ser livre

descobre, em desespero, perplexo,

que as horas fogem.

Teima em bater,

teima em sangrar,

teima, teima, teima,

mais um dia vai calar...

um dia vai trair.

Adriano Dal Molin
Enviado por Adriano Dal Molin em 25/11/2007
Código do texto: T752410
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