Limítrofe
Meus apelos são críticos
Porque vivo no limite
Quando os assuntos são cítricos
Esqueço o cheio de dedos
E parto cheia de apetite
Para os olhares azedos
Mas sou mansa como gata
Arrepio a pele no cio
Até consigo ser sensata
Quando o olhar me arrebata
E o toque é leve e macio
Não me conduza com arreios
Nasci para ser livre
Odeio freios
Se não aguenta aclive
Desça antes de fazer feio
É nas alturas que potencializo
O que me escapa pelo meneio
Aceita ou eu exorciso