Faz-me

A circunstância me faz sedenta

A sede me faz fraca

A fraqueza me faz impura

A impureza me faz indecente

A indecência me faz vulgar

A vulgaridade me faz ardente...

Queimo como chama viva...

Não tenho caminho definido

Não sei onde começo ou termino

Sou representada pelo símbolo do infinito...

Minha ânsia de engolir o mundo

De sorver em goles grandes

Afasta-me das certezas...

Empurra-me às correntezas...

A realidade me faz aprendiz

O aprendizado me faz renascer

O renascimento me faz perdoar

O perdão me faz permitir

A permissão me faz buscar

A busca me faz sentir...

Sinto com toda alma...

Cinco sentidos presentes

Sou escrava e senhora...

Ronda-me pensamentos indecentes...

Oculta
Enviado por Oculta em 23/11/2005
Código do texto: T75327