Curumim-erê
Um estava, o outro veio, tirado (e trazido)
do seio da Mãe. Pau-brasil/Pindorama:
cama de muitos corpos, Ilha de Santa Cruz.
(A tua beleza seduz!;
a tua história, nem tanto.)
Regada a quanto pranto,
brotaste Brasil?
Verde, amarelo, azul anil:
o preto-branco
da paz! Que jaz? Quem faz?
Nem houve amor servil;
antes, sim, o que se viu:
marcas de sangue e de glória!
Palmares: vitória! Palmeiras reais...
Reais também tuas dores
em cores a tremular: Brasil!
De rio a Rio (salve, Salvador!)
fizeram-te amor-amar.
Do mar, Yemanjá se levanta
e a senzala toda canta! Das docas às ocas,
abençoa Tupã!
Pangeia-ímã:
Brasil-África-mãe-irmã!