É A Regra

Eu calço as meias com pés sujos. O que não se vê. Fadado está. É o velho Bukowiski tirando meleca do nariz. E rindo sem motivos coçando suas filosóficas virilhas...

Somos estúpidos até nossos limites. Nenhum limite nos contém. As filas não andam. Mas os tolos vivem nessa ilusão mortal. Escritas proféticas pelas paredes dos banheiros...

O mais difícil é o mais fácil. Regra de três simples. Regra de quatro para tempos passados. Até Deus perdeu a paciência por quase nada. Nunca mais seremos os mesmos...

Meu chapéu marrom fez muitos milagres. E eu não sabia. Toda discussão é vencida de antemão. Na falta de algo para fazermos. Aperte o botão de emergência. A natureza sintética é uma forma de natureza qualquer. Tudo está bem enquanto está...

Selva. Silva. Melões maduros sob o sutiã. Nenhuma inocência acaba dormindo. Night and Day na casa do caralho. Todos os gostos dão em Roma. Mesmo quando ela não está mais lá. Minha timidez acaba tendo múltiplos orgasmos...

Fragilidade de pedras. Anzóis de alfinetes. Uma escatologia de modernas coisas que viraram pó. A primeira torneira aberta... Vem que não tem! Remédio e veneno gêmeos...

As feiticeiras de Salem de menta. E o balé de quem não é mais nem ossos. Façamos biscoitos de barro. O mais puro da praça. Quero estar sempre onde nunca estou. Faça memoriais de sei lá o quê. Armaduras de papel para os desprotegidos. Berços ou túmulos...

Dou minha palavra para todas as mentiras. Bife de figo bem acebolado. Não faço falta. Ninguém faz. A única falta é a da falta. Temporada de caça à fumaça. O juiz apagou sua assinatura da sentença. É tudo desenho animado...

Vou parar de parar. Nem que isto custe meus dentes restantes. Toda evolução anda para trás. É muito legal essa ilegalidade. O professor de dança acabou sentando em suspiros mil. Meu abandono anda abandonado. Sempre não foi. Dormir em banheiros e canoas...

Chocolates azuis e jujubas amargas. Os lunáticos esqueceram da lua. A velocidade se arrasta em passos de tartaruga. Todo melodrama mela o drama. Concretos para as florestas. E asfaltos para os gramados. Namoro duas irmãs gêmeas - a solidão e a solitude...

Leve às toneladas. Guerra na TV. A internet faz\ malabarismos caindo de bunda no chão. Crânios esmagados com tacapes de acrílico. Esfria muito no verão. Os camelos acendem fogueiras e contam histórias de terror. Amendoim com gosto de milho é a última moda...

Todo mis tarde vem mais cedo. Nunca duvide do desespero de um desesperado. E da atenção distraída em rios de enfeite. Tudo morre depois de amanhã. E renasce se não há insistência de quem perdeu...

Me dá uma moeda aí. Quanto maior será melhor. Quero engoli-la de uma só vez. Acontece sempre. Meus cabelos estão pra lá de grisalhos e mesmo assim quero doces. Juros e incorreção monetária. Só love. No love. E se move. É prova quase dos nove...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 13/06/2022
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