Cartas de coleção

Vão da realidade

entre o existir e o não existir

sonho de papelão, de guerreiros, fadas,

monstros e dragões

Vaidade da tinta espalhada sobre células mortas,

amor sobre um símbolo qualquer,

que aos olhos encantou e o coração acolheu

Vaidades da competição ensaiada,

da mão que treme de poder, com uma peça de mentira,

Do sonho cansado de viver, a fadiga do mundo,

de trabalhos, deveres, sem voz e sem razão,

e que busca outro mundo, onde possa ser

Será que eu não vivo, um sonho de papelão?