Da Ventura Pouco Almejado
Da Ventura Pouco Almejado
Sempre estarei contente
Enquanto ternura receber,
O coração sempre sente
E o estado de alma presente,
É quanto se pode agradecer!
Vive a alma por vezes tristeza
Não sei se com algum sentido,
Mas a dura vida na sua aspereza
Sempre é dotada de muita dureza,
E por ela sou ou fui movido!
Não há rosas sem espinhos
E é a rosa a minha flor,
Bem recebidos são os carinhos
Mesmo que sejam aos bocadinhos,
Recebê-los-ei com amor!
Por entre pinheiros escondido
Num último olhar derradeiro,
Do monte além erguido
Neste mundo quase perdido,
Descanso à sombra de um pinheiro!
Há muito que não escrevia
Pela vida agitado,
Talvez pelas dores que carpia
Ou porque pensar que não sabia,
Ou das ideias escamoteado!
Foram as ruínas do passado
Um mar de torturas,
Da ventura pouco almejado
Grande o pranto derramado,
Pelas imensas amarguras!
Casmil, 18.06.2022
Salvo excepções a poemas dedicados a aniversariantes, a pessoas a quem dedico muita amizade e estima, os últimos que escrevi encerram muito pesar!
Não os escrevi para me lamentar ou algo que o valha, mas por puro sentimento e saudade!
Por mais que se tente disfarçar ou ocultar o estado de alma eles surgem quase do nada e em qualquer momento, daí a nostalgia que mais não é do que o exteriorizar o quanto a alma encerra.
Assim sendo, apresento as minhas desculpas aos leitores e amigos, creio que melhores dias vão surgir, procurá-los-ei com denodo e persistência, até lá, haja um pouco de paciência!
Um abraço para todos