ANTE O FOGO DA CINZA

ANTE O FOGO DA CINZA

O fogo da santidade,

Nomeia comemorações.

Em números, a coletividade destinada ao peso,

Funde-se na negação.

O poder da mudança,

Nada faz.

Jogada, a sede desce,

Enquanto a universalidade arde.

O ficar despe o adiantamento,

Espelhado pelo meio da noite.

A visão dos gêneros,

Passa em profundidades.

O interior das posses,

Governa fisicamente,

A solidão do silêncio.

As horas do fim diário,

Começam em definições.

Os cortes do tempo,

Demonstram o desde.

O agora antecipa o princípio,

Do ter encontrado.

A procura subtrai,

A pessoalidade do morrer.

A infância acende gritos,

Tanto queimados como aquecidos.

Há um acaso,

Que destrói o sabor das chamas.

Os modos do olhar,

Estranham o habitar súbito.

Diminuições humanas,

Afagam as unicidades dos reflexos.

O conhecimento da graça,

Afirma o espancamento do naufrágio.

A tardia serenidade da queda,

Ouve distâncias.

Vozes apagadas,

Estudam cinzas.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 26/06/2022
Código do texto: T7545991
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