LEITURA DOS ARQUIVOS

Tudo que sonhamos somos nós o que vemos,

As coisas que sonhamos, somos nós o que temos.

Lemos os livros da vida e os arquivos do eu,

Temos escrito na vida as histórias do eu.

Às vezes e quase sempre tudo,

Não vemos o que se descortina no mundo,

Muita coisa passa alheia aos nossos olhos.

Quantos olhos bastar-nos-iam para ver o mundo,

E a outra parte do mundo que não está à mercê dos olhos?

É vasto o que eu penso dentro do que eu sinto.

E o que eu sinto é mais vasto ainda diante do que penso,

Que dirá o que vejo enclausurado neste labirinto.

As nódoas de cada passagem às vezes me tomam o senso.

Às vezes e quase sempre nos enganamos,

Às vezes nos vemos inerte dormindo.

Descansa o corpo, acorda o ser e sonhamos,

Então vemos o outro lado do eu subindo.

© Walterbrios

2 de outubro de 2005

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 23/11/2005
Código do texto: T75475
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.