Bala perdida
Carne caída perdida, doente,
Atirado na poeira, sem futuro
De um túnel enorme e escuro
De luminosidade tão carente.
E jaz na sepultura prematuro
O sonho morto violentamente,
Sangrando triste e inocente
Sobre a frieza do chão duro.
A bala que sibila em lenta agonia
Apagando a luz nos olhos e fria
Entrega um corpo sem vida agora,
Matou a vida, a paz e a alegria
Escurecendo a luz ténue do dia
Da familia tao triste que chora.