Blindagem
Fecho a boca
Fecho as pernas
Abro a mente
Pois de inocente,
Nem a parte externa
Paciência, pouca.
Fecho o carro
Fecho a torneira
Que pinga dor
De mim, senhor
Longe de antigas teias
Pulmão sem cigarro.
Fecho a garrafa
E grandes cortinas
Sou paixão e fuga
Pouco de mim muda
Mas variante continua
Feita assim na marra.
Fecho o ciclo
E largo as mãos
Do que me deixa
Já sem tanta queixa,
Abençoada a razão
Surda ao inaudito.