Andorinha...

Esvoaças louca no vento,

gozando de liberdade...

Quem te guia é o pensamento;

Nem conheces a saudade.

O céu é o teu destino,

onde danças livremente;

Tu andas num desatino,

sempre feliz e contente...

Nos espaços cantas a vida,

num chilreio que bem soa...

Chegaste a ser querida,

nesses beirais de Lisboa...

Mas amas a liberdade,

com tuas asas ao vento.

O céu ... é tua verdade,

a vida ... teu alimento.

No vento tu danças louca,

ninguém te pode prender,

queres liberdade que é pouca,

mas tu a queres viver...

Este pobre trovador,

nas suas mãos te quis ter,

acabou provando a dor

e também, por te perder...

Voa andorinha da vida

e não esqueças do teu ninho,

onde te sentes querida

e te dão o seu carinho...

Este trovador já viu,

que afinal tens coração

e na sua alma sentiu,

que tu não foste ilusão.

Voa andorinha da vida.

Pois serás sempre querida...

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 24/11/2005
Código do texto: T75603