A dança da vida ...

Que dancem as doces valquírias,

neste vendaval de mil cores...

Criem em mim,

o sonho da vida,

amar e ser amado...

Entre muros da prisão.

Duros ferros da vida,

grades do meu coração...

Sentir o sol a nascer,

no teu corpo de menina...

Harpas cantem a vida ,

nos claustros do entardecer...

Quero essa querida ,

nem que tenha de sofrer...

Dança ... dança ... mulher,

esquece tudo o que te dou.

Sou um homem qualquer,

que apesar de tudo ... amou.

Quero do teu corpo os lírios,

como belo livro que se lê,

na luz mortiça dos sírios...

Poesia ... que não se vê.

É desumano o castigo,

ser condenado a sonhar.

Porque tu existes,

teu corpo sei que é meu...

Em dança...

Na distancia persistes,

na melodia que Deus me deu...

Imagem da neblina...

Ao longe … no pensamento,

esse teu corpo de menina,

afasta-se … sem um lamento.

Dança mulher ... dança

que o meu ser não te alcança.

Estou condenado a viver...

Estou condenado a sofrer...

Criei as grades da prisão,

bem dentro do coração...

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 24/11/2005
Código do texto: T75610