minha poesia

são as palavras

que me desmancham

e me diluem

num mesmo rio.

onde me banho

de madrugada

eternamente

e não há frio.

sou borboleta e

vou sobrevoando

quando eu escrevo

mais uma vez.

e quando eu acho

que estou cansada

uma palavra

me faz de réu —

assim escrevo

a mesma mágoa

a poesia amarga

em um papel.

com minha escrita

me descompasso

me reconheço

num belo acorde —

e vejo a paz

em tons de azul

na minha frente

com tanta sorte.

Letícia Montes
Enviado por Letícia Montes em 19/07/2022
Código do texto: T7562734
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