Sereno de Novembro

 

Caiu o sereno de novembro nos fios soltos

Estrelas nos olhos fez brilhar os dissílabos

Desce a noite de cometas, cruzeiro e amores

A cheirar a gados, a figueiras e flores silvestres.

 

O chapéu dourado chegou aos fios enrolados

Tocou os olhos negros, velhos e vividos.

É manhã e a natureza faz pausa para a saudade.

E nisso passa o comboio da cidade.