De costas pra frente
De costas pra frente
encaro gentes
não olhantes pra mim
Avisto montantes de água
que não são mares
ou lagos, ou piscinas
Vejo um Sol
prestes a chamuscar rostos asiáticos
ou não, num futuro
tão e tão próximo
Me encontro com possibilidades
não tornadas para existência
lembro de gente, cogito e conjecturo
finais ainda não escritos, descritos.
Encaro nuvens
sujas de poluição e pecado
dos suores fedorentos
de um número inestimado de gente
e trabalho
num já desço
apressado
ou não
N.V - 06/22