POUSO ÚMIDO
POUSO ÚMIDO
A umidade da homenagem poética,
Condiciona o egoísmo,
A uma pronúncia naufragada,
Por esquecimentos revitalizados.
A pessoalidade das respostas,
Acontece em comparação,
Com a unicidade dos voos.
O passageiro sangue coletivo da vida,
Foge dos colapsos,
Para ensurdecer medidas.
O sinal da rigidez,
Dito pela memória alternativa da música crepuscular,
Individualiza ofertas.
O florescer submerso na ausência,
Altera o paraíso.
Ocorrências noturnas,
Obstinadas pela busca,
Partem direções.
No isolamento do silêncio,
O esconderijo das perguntas,
Cansa as posses dos beijos.
As cinzas do nada,
Escutam as demonstrações das horas,
Pela lentidão universal,
Das vindas populares.
Negações transportadas,
Exportam elevações,
À química funda dos sonhos.
O saber atrasado da dúvida,
Nomeia os aromas,
Com pousos repousados.
Sofia Meireles.