Forasteiro
Costumava limitar o amor, o colocava dentro de uma caixa. Quando aquele homem veio a mim numa manhã cinza e tortuosa de domingo me envolveu numa nova versão de amor que eu não havia nunca explorado.
Toda aquela força dele de onde vinha? Um estranho. Um estranho, numa conversa, me fez ir ao mais íntimo e profundo de mim. Como?
Aquilo que até hoje não sei denominar, era mais belo que poesia, era mais que o próprio amor (ou o que eu pensava que fosse). Era vital. Voraz.
A nova face do amor depois eu pude ver o que era: indomável. Como e por quê?
"Como" e "por quê", duas perguntas que não cabem respostas quando a questão é o amor.
Forasteiro, descobri seu nome. Ele trouxe uma gotinha de um novo êxtase, construí uma alegria demasiada a partir disso. Tudo novo.
O forasteiro trouxe uma nova cor.
O forasteiro, trouxe um novo sabor.
O forasteiro me fez respirar um novo ar, sentir uma nova vida, viver um novo amor.
O forasteiro, era forasteiro, deu um novo sentido ao amor e se foi. Fim.