CRIPTO

O céu não é o mesmo

de há um bilionésimo

de segundo.

Certo que nada é;

tudo está

e deixará de ser.

Depois

do depois,

nada além.

Pois...

Cavouco palavras

sem sentido

nenhum

no cemitério

das ideias.

Quisera

quimeras...

Mas, não!

Então

(inconcluso)

refaço.

Não faço,

senão.

Ilusão

de óptica:

o grito

é outro.

Aflito,

contrito:

ábaco.

Tabaco.

Cartilha decorada.

Sanfoneiam

acordes dissonantes.

O instante? Nada

de nada...

E nada

ao réles revés

destinado.

Saracura

que não cura

meu adoecer.

O ser

seria? será? ou é?

De estar-ser,

o brilho natimorto

crepuscula no meu olhar.

ANTÔNIO CARLOS POLICER

Antônio Carlos Policer
Enviado por Antônio Carlos Policer em 05/08/2022
Código do texto: T7575614
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.