Alegria final

Velhos amigos sempre se encontram

na calada da noite, sem aviso,

tecendo momentos de anamnese,

invisível ao relento carismático da procura.

Alheio ao sentimento vivido,

nos bares da vida,

nas esquinas chuvosa,

do coração amedrontado pelo amanhã.

Conhece o falar que não foi contado,

no olhar de cada um,

no copo sedento de sonhos,

que o amor fisgou na garrafa vazia,

do desejoso corpo nu.

A história aberta relata a alegria

deixada na fantasia do carnaval,

no novo trocar de roupa,

na nostalgia que descansou,

na alegria do juízo final.