DANÇAS SATÂNICAS

Cada pedra dessa casa distorcida,

foi assentada sobre o ódio ancestral.

Vindo da decadência, legitimado no assassinato,

foi desculpa, arrependimento, valor e perdição.

Interpretação de leis jamais escritas,

o fim de tudo, num túmulo sem honra.

À beira do penhasco, a um passo da danação,

ferida cinzente, veneno sem hora marcada.

Que suas histórias, tancadas na noite mais profunda,

sejam o último recurso da razão que se perdeu na fúria.

Aí será o fim da razão que avançou natureza adentro,

em troca de moedas de ouro e demência em forma de direito.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 20/08/2022
Código do texto: T7587018
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