Menino de rua

Que olhar amarelo o teu, doente,

apagado tanto que o peito contrista,

Com tantos sonhos jogados na pista

De uma vida sem rumo e demente.

A rosa de sangue e o presente

Preso na lágrima deste artista,

Sofredor que carrega sua lista

Para encenar sua vida deprimente.

O fantasma atira a sua fria seta

Ferindo seu corpo que secreta

Suas dores quando anoitece,

O mundo segue os seus caminhos

Na sarjeta balbucia sem carinhos

Palavras tristes em silenciosa prece.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 30/11/2007
Código do texto: T759805
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