Charme
Primeiro ouço não
Mas sei que a resposta é sim
Nenhum talvez a princípio.
Depois tenho noção
De estômago, borboletas, jardim
Por isso não me precipito.
Até que eu vá embora,
Eu, amante do agora,
Permaneço lá fora
Fingindo querer entrar.
Pois logo vem tormenta
Meu coração dispensa
E a mente não aguenta
As profundezas do mar.
Fico então no raso
Tenho validade; prazo
Surjo e sumo ao acaso
E isso não posso contar.
Então, por último dou
Passos que conduzem ao fim
Do que podia ser infinito.