Tomara (contrapondo a Vinicius)
Tomara
Que você fique bem longe,
Num mosteiro, feito monge,
A viver o seu mundinho.
E ria, e chore, e cante
A todo intante,
Que carregue, ofegante,
Todas pedras do caminho.
Tomara
Que perceba a diferença,
E que a vida lhe convença,
Que na morte há mais a paz.
E o ódio em verdade é um amigo,
Que apesar de muito antigo,
Sempre se refaz.
E a coisa mais sublime
Desta vida
É abrir nova ferida ,
Para os velhos ais.