Um guardanapo pra limpar a alma.

Uma mesa num bar, um ser só, um papel.

Guardanapo níveo, que recebe a escrita,

Dum poeta que vive um tempo sensível.

E em sua sensibilidade derrama seu ser,

No guardanapo que agora limpa a sua alma.

Nas rabiscadas letras dum sentir sem ter.

Dum bem querer, mas sem ser o querido.

De uma paixão não correspondida, doída.

Versos de aís no guardanapo estendido.

Um ser só, um níveo guardanapo, um coração.

Uma paixão, uma alma dum poeta, a poetar.

É só o que precisa pra se dar vida a paixão.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 14/09/2022
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