Mel da Fonte e Sal da Terra

 

Não sou eu a esmurrar a porta do tempo,

Não sou eu a crucificar o desejo do corpo 

A tua boca, as tuas mãos algozes, sufoca 

És o meu calvário a me deixar louca. 

 

Bebi o mel da fonte e salguei a ideia solta

Vasos de barro, vontade carnuda só volta.

Mas a rua foi interditada com pedras e nus.

 

Nunca deixarei de beber o néctar da flor,  

Nem deixarei de colocar um pitada de sal,

Serão temperadas lembranças sem mal.

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