Reencontro

Te quero muito ainda

quando penso

no teu colo

e nas flores,

riscadas na tua pele.

Me imagino,

às vezes

deitado do teu lado

sem tempo

sem relógios

sem todas as mágoas

que juntamos.

Quase como um delírio,

me vejo

afogado em teus cabelos

e no riso

que você deixou

na minha memória.

Mas o que posso fazer agora?

impotente,

fui logrado

pelas circunstâncias,

dessa história

e vejo

todas as portas

se fechando.

Na minha loucura,

vou riscando

nas paredes

que as boas lembranças

são muito pouco,

para afastar

esta amargura,

Esse prêmio de consolação,

de pensar sozinho

no que poderia ter sido.

e assim,

agarrado às palavras

traço versos,

sobre um possível reencontro

com a razão,

sobre a volta

dos teus leves passos

sobre o meu colchão.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 30/09/2022
Código do texto: T7617538
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