A CARTA DE SANGUE
Já me arrisquei em mapas escusos
Me risquei em farpas alheias
Fiz de meus ritos passagens sem volta
Fiz um sonho sem asas
Estou preso em planos que não tracei.
Olho pra uma luz que me cega
Vejo a carne que sangra
Sinto o peso das horas que param
Dou passos sem rumo
Fico de cara com o escuro dos dias.
Estou tateando saídas
Toco adiante sem planos
Quem me dera verdades sem sombras
Quisera eu um rota de fuga
Ou um pranto que funcione
Trago risos na memória
Tenho traços em branco
Um ponto riscado no tempo
Sou linhas de um rascunho traçado
Vou seguindo sentidos amassado
Vou riscar horas marcadas
Um tempo de gritos
Ou quem sabe, um ponto na história