A CARTA DE SANGUE

Já me arrisquei em mapas escusos

Me risquei em farpas alheias

Fiz de meus ritos passagens sem volta

Fiz um sonho sem asas

Estou preso em planos que não tracei.

Olho pra uma luz que me cega

Vejo a carne que sangra

Sinto o peso das horas que param

Dou passos sem rumo

Fico de cara com o escuro dos dias.

Estou tateando saídas

Toco adiante sem planos

Quem me dera verdades sem sombras

Quisera eu um rota de fuga

Ou um pranto que funcione

Trago risos na memória

Tenho traços em branco

Um ponto riscado no tempo

Sou linhas de um rascunho traçado

Vou seguindo sentidos amassado

Vou riscar horas marcadas

Um tempo de gritos

Ou quem sabe, um ponto na história

Elpidio Tozani
Enviado por Elpidio Tozani em 09/10/2022
Reeditado em 09/10/2022
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