E o tempo soprou

 

E o tempo soprou, como o vento que passa...

Como folhas secas, os dias foram-se desprendendo, um a um

Carregando sonhos que morreram ao longe, forrando o chão seco da vida.

 

As horas se tornaram silentes, observando o entardecer.

Enquanto o sol, que ainda a pouco dourava meus cabelos brancos ,escondia-se no poente

E a lua surgia como dona dos céus, tingindo de prata a noite em prenúncio.

 

Ah! Destino, meu destino!

Devolva-me as horas roubadas e as manhãs de ilusões...

Faça minha ultima morada junto aos rios, para que levem minhas saudades,

Deixando que elas desaguem nos mares do esquecimento.

Ou faça-me criança, para que possa mais uma vez ver a vida, a sorrir...