Cilada
Volta a Vênus
A me provocar
Até um triste adeus
Até o silêncio de costume.
Já não a temo
Nem a seu olhar
São escudos meus
Contra derradeiro azedume.
E o que vai não volta
Seja pela aliança;
Seja pela veneta.
Por isso fecho a porta
A tolas esperanças
Fadadas à gaveta.
Volta a Vênus
Ao meu paladar
Doce que se perdeu;
O que não me cabe ciúme.
Velho terreno
Quase chamado lar
E já nem existe breu
Sobre o que não se assume.