VIAJANTE

Era aquela tarde abrasada,

postou a mão em continência

e o pássaro cortou

o horizonte diáfano.

Pudera a dor encravada no tempo

abrandar; e o céu azuladamente

límpido caía em flocos

nas mãos dos incrédulos.

Consultou os mapas,

todos os relevos falavam

de montanhas e rios.

A tarde, então,  fechou-se para sempre.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 02/11/2022
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