SEU ATO.

A coisa no chão se espalha,

Abatida figura, com seus órgãos

Inquietos, e peconhentos.

Aguarda o buraco da história.

As memórias irão debruçar

Sobre a epopeia criada,

Os gritos e barricadas irão

estrelar a página de um livro.

Nesta página não haverá risos

Os músculos rígidos refletem

A tecitura que percorrem o coração

E o sangue se torna fel.

Separado por alguma vírgula

Ou na textura de uma metáfora

Estará descrito o seu estágio agora

Como o broto que rompe uma pedra.

Não haverá perdão este seu ato

Ele revelará o escravo que é,

Te faz burro de cangalha

Carregando o que resta do rei.

O tempo é um rio que escorre

Pelos espigoes e grotas

Seu ato é ignorância de um povo

Que mal sabe do seu existir.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 06/11/2022
Código do texto: T7643956
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