Cândido e a Rosa

Amigo amador/

Era um estudante calculador/

Exato nas aritméticas/

Humilde filho/

Dedicado com todo fervor/

Que passou/

A juventude sem conhecer o dissabor/

E a ilusão de qualquer paixão/

Antes do amor/

Que essas flores urbanas/

As vezes, fazem nascer/

No coração de um simples galanteador/

No ano que se passou/

Após um passo promissor/

Ele finalmente acordou/

Como sem esperar/

As vezes, na vida/

A gente precisa estar/

Em alerta/

Pra decisões, mesmo que incertas/

Pra imprevistos ou quem sabe riscos/

Proporcionado por quem/

Como corsário negro/

Chega sem avisar/

E toma de conta o lugar/

Aconteceu assim/

O que não sei precisar/

Mas soube, que quando o sol se escondeu/

Ele adormeceu/

Foi no dia seguinte/

Que na ânsia/

De conhecer o jardim/

Pensando na cinderela /

Lhes apresentaram aquela/

Que seria também, seu algoz/

Nem titubeou e fácil, fácil se encantou/

Apaixonado, entrou na rua e a desposou/

Não sei quanto tempo levou/

Mas ela tirou tudo que ele conquistou/

E depois, como se nada tivesse acontecido/

Na amargura das calçadas, o deixou/

De homem a mendigo/

Andava na mesma rua perdido/

Sem comida, roupa ou abrigo/

Com o coração partido/

Aquele antigo/

Nem parecia o inocente/

Agora trapo de gente/

Amargurado/

No sol ardente/

Ficava prá lá e pra cá/

Até que recebeu forças de quem o conheceu/

Como num lusco-fusco fusco/

De repente desapareceu/

Mas ficou descerrado nas mentes/

Pra tomar cuidado /

Com as flores/

Na sua discrição também tem coração/