Flor de estufa
de uns trapinhos pra cá
ando trapaceando
“volte”, te peço às vezes
quando me permite o desgosto
-quase amoroso-
como se fosse possível
embelezar a desgraça
grudada aos vestidos
nessa noite em que tudo cai
não me falta você
para dissolver a dureza
de uma casa que hoje
não sabe o que acontece
com a vida que encalha
e chora por todos os canos
entupindo o futuro