Impiedoso tempo
O tempo que sempre pensei tê-lo
Sob as rédeas dos meus pensamentos,
Vejo o contrário, quando em momentos
Olho no espelho, o branco do meu cabelo.
Desapercebido então não pude vê-lo
Invadindo os lustrosos aposentos,
Da minha juventude e seus ornamentos
Subjugando-a indefesa sem poder detê-lo.
O tempo marcou fundo a minha face
Mas não há força que ultrapasse
Os segredos contidos na calma,
O tempo levou minha juventude
Mas não arrancou a solicitude
Que sempre carreguei na alma.