Nas horas tão ligeiras

Encontrar você foi um baita portento

Luzes da cidade foram complacentes

Laureados pela bela sinfonia do vento

E observados pelas estrelas reluzentes.

Nos perdemos nas horas tão ligeiras

Como quem não se dá conta dos dias

Envolvidos pelas mais árduas poeiras

Nossas tardes foram ficando tão frias.

Hoje nosso amor é só vapor na vidraça

E não serve sequer de verso em poemas

Dois amantes lamentando toda desgraça

Era só solução e terminou em problemas.

Uma solidão a dois que nunca ultrapassa

A condição do velho discurso sem temas

Dois tijolos desunidos por falsa argamassa

Ovos de claras opacas carentes de gemas.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 05/12/2022
Reeditado em 05/12/2022
Código do texto: T7665514
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