Alma
Corre-me nas entranhas
Transtorna
Causa arrepios súbitos na alma…
Carne que envolve
Se corrói mas jamais apodrece
Murcha por vezes
Cambaleia por outras
Quando embebida por outros seres
Desespera
Consome-se
Alimenta-se e passa fome por vezes.
Despe-se e nua entrega-se às madrugadas sem nome
Sem luar, sem frio, inerte…
Canta quando a terra a encanta
Escreve quando a alma suspira
Dança quando o dia acorda
E chora quando adormece.
Alma confusa
Difusa
Expectante
Que vive e morre em mim…