Alma

Corre-me nas entranhas

Transtorna

Causa arrepios súbitos na alma…

Carne que envolve

Se corrói mas jamais apodrece

Murcha por vezes

Cambaleia por outras

Quando embebida por outros seres

Desespera

Consome-se

Alimenta-se e passa fome por vezes.

Despe-se e nua entrega-se às madrugadas sem nome

Sem luar, sem frio, inerte…

Canta quando a terra a encanta

Escreve quando a alma suspira

Dança quando o dia acorda

E chora quando adormece.

Alma confusa

Difusa

Expectante

Que vive e morre em mim…

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 26/11/2005
Código do texto: T76669