Anonimato

Mal conheço a memória do meu gérmen;

mas fiz da oração passaporte para a alma.

E uma estrela-cadente me acenou de muito longe

quando o céu ainda não era um poema todo azul

cheio de letrinhas cintilantes...

E eu que nunca fui ente algum,

por algum instante,

no mapa da filosofia,

onde existia o velho Sócrates,

eu era um traço de Sophia.

Agora, entre o ser e "não-ser"

nasce este inclassificável momento.

E hoje nada mais sei da minha madre psiquê.

Por quê?

E por que não?

Que soprem os ventos!...